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sexta-feira, 29 de maio de 2015

REFLEXÕES SOBRE O LIVRO: AUTOPERFEIÇÃO COM HATHA YOGA - PARTE 2 - O QUE É O HATHA YOGA

Agora gentilmente o autor nos apresenta e nos ensina sobre a Hatha Yoga, que nada mais é do que a educação psicossomática de nós mesmos. A qual tem por objetivo o fortalecimento e aperfeiçoamento do corpo e da mente.


A partir daí, se conduzida com responsabilidade e disciplina, o homem é progressivamente presenteado com o aflorar de si mesmo, expande as suas compreensões e aprende, de modo sutil, que é portador de potencialidades variadas, que ele próprio desconhece, mas que no entanto, agora, está sendo capacitado a expressar-se cada vez mais em sua pluralidade e diversidade. Aquilo que ele próprio ignorava, passa a tomar forma e a agregar sentido. Só isso em seu livro, já bastaria para nos encher de graça e esperança, no entanto, Hermógenes vai adiante e nos leva cada vez mais ao aprofundamento.

Na vanguarda da ciência ocidental, a prática educativa da Hatha Yoga, já postulava desde os seus primórdios, o que a ciência tradicional, somente de um pouco pra cá, vem aceitando, pesquisando e ratificando. A suma importância, influência e manipulação das ondas eletromagnéticas sobre o homem. O qual, desatento, pode submeter-se à arriscadas experiências e relações. Uma vez que, o nosso sistema psicossomático – Mente e Corpo – nada mais é, do que um poderoso aparelho receptor, que atrairá por sintonia, frequências positivas ou negativas, sendo assim, cabe-nos a reeducação. Urge que nos disponhamos ao processo, compensador, porém, intenso e difícil, do autoconhecimento, instrumentalizarmo-nos, através do yoga, para ter forças e capacidade para identificar, e principalmente, transformar, o imperfeito, em perfeição.


Ora, certamente que isso demanda enorme esforço e trabalho de uma vida inteira, entretanto, as recompensas são certas. E a sensação de capacidade e orgulho de si próprio, pela conquista progressiva de si mesmo, são valores inigualáveis e inestimáveis. E ressalto aqui, que tais conquistas não são nenhum grande feito cinematográfico, são atitudes simples e “bobas” de nossa experiência diária e corriqueira, no entanto, arraigadas de profundos e longos pesares de insucesso, auto e hetero-desengano e sensação de incapacidade e fracasso.


Todavia, cabe ressaltar que, se tal tarefa é algo complexo e até mesmo penoso, soma-se a isso o peso de nossa cultura ocidental. Eminentemente dicotômica e dualista, com imensas dificuldades em ver, compreender e aceitar os conceitos integrativos e unificadores do yoga. Sabemos que lentamente estes conceitos estão mudando, entretanto, o homem ocidental ainda carrega importante dificuldade em entender que, mente e corpo, nada mais são do que aspectos diferentes que, no entanto, compõem a mesma unidade. E que “estas forças opostas, quando em equilíbrio, geram o cosmo, a ordem; em desequilíbrio, o caos, ou seja, a desordem.” (Hermógenes/2009). Deste modo, a Hatha Yoga, nos proporciona novos conceitos, mais amplos, integrativos e coerentes, e ainda, oferece-nos o seu amparo terapêutico, introduzindo ordem, onde há desequilíbrios, transformando o caos em cosmo. 

Elis Helena Oliveira Bormann
Psicóloga Especializada em Dependência Química
Pós Graduanda em Yoga pelo Sol Instituto. 

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